Eu me reerguerei da minha letargia
E lamberei a vida com o prazer de quem lambe suculenta fruta.
Eu, coisa obscura que perambula encolhida pelas ruas sombrias...
As ruas sombrias... As ruas são sempre sombrias...
Eu, contraído e velho, envergado a vagar num passo arrastado;
Eu, ancião franzino, recortado de rugas,
Reerguer-me-ei do marasmo como quem se levanta dos próprios escombros
(Eu me reerguerei dos escombros de mim próprio),
Reerguer-me-ei da morte e saltarei para a vida como parido das negras entranhas da terra para a folia do Carnaval.
Rejuvenescerei da minha velhice, ressuscitarei da minha morte
E, leve, me refestelarei numa mesa de bar
E pedirei a bebida com gosto e alegria.
E desfrutarei deste momento sublime de saborosa preguiça,
E me deleitarei com a vida como uma criança que se banha nas águas do mar.
1995
Eu, coisa obscura que perambula encolhida pelas ruas sombrias...
As ruas sombrias... As ruas são sempre sombrias...
Eu, contraído e velho, envergado a vagar num passo arrastado;
Eu, ancião franzino, recortado de rugas,
Reerguer-me-ei do marasmo como quem se levanta dos próprios escombros
(Eu me reerguerei dos escombros de mim próprio),
Reerguer-me-ei da morte e saltarei para a vida como parido das negras entranhas da terra para a folia do Carnaval.
Rejuvenescerei da minha velhice, ressuscitarei da minha morte
E, leve, me refestelarei numa mesa de bar
E pedirei a bebida com gosto e alegria.
E desfrutarei deste momento sublime de saborosa preguiça,
E me deleitarei com a vida como uma criança que se banha nas águas do mar.
1995
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