quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

QUE DIZERMOS DA VIDA?

Um pardal bebia água numa poça
E voou em fuga assim que me avistou:
Optou pela sede por me ver como ameaça.
Na natureza criaturas matam outras criaturas
Por fome ou território, por querer sobreviver...
Os homens, assassinos por instinto,
Precisam se proteger dos homens todo o tempo.

Todo ser precisa estar em alerta permanente,
Quer contra outros seres, acidentes ou turbulências naturais.
Há seres que sofrem física ou moralmente
Durante a maior parte da própria existência.
Seria então a morte a única paz possível?
Seria a vida então o próprio inferno?
Seria a existência, assim, ao invés de dádiva, o castigo mais cruel?

II

Uma suposta vida imaterial também teria percalços e martírios:
Então a paz, a tão almejada paz,
Só em não existir nós a encontraríamos?

2011

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